quarta-feira, 26 de agosto de 2009

MUNICÍPIO ESTÁ PERDENDO MILHÕES EM VERBA FEDERAL,


Fora do cadastro geral do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) há mais de um ano, Pelotas está perdendo milhões em verbas federais através de programas de segurança e inclusão social. A denúncia foi feita pela vereadora Miriam Marroni, que propôs a realização de uma audiência pública para tratar o tema. O encontro acontece no próximo dia 22, às, 10h30 no plenário da Câmara.
A vereadora explica que o Pronasci é um programa que se diferencia dos demais programas de segurança porque direciona suas ações às causas da violência. “O programa não se restringe a uma visão policialesca de repressão, e sim, num conjunto de ações que trata o problema da violência desde suas origens. O Pronaci direciona seus projetos para combater o modelo sócio cultural da sociedade, que através das disputas econômicas e individuais acabam gerando a violência”, explica Miriam.
O Pronasci não se limita apenas às questões da segurança, Através de programas como Território Brasil, é possível identificar áreas (bairros e vilas) onde os índices de violência e evasão escolar são maiores e como se dá a atuação do posto de saúde de determinada localidade. Dessa forma, tenta contornar a situação com os projetos sociais desenvolvidos pelo programa. “No entanto, a Prefeitura não dá importância para esses fatos, e Pelotas continua fora do programa, perdendo grandes recursos para outras cidades”, lamenta a parlamentar.
Ela comenta que o município trabalha com o Pronasci no combate ao abigeato, mas apenas esta ação não é suficiente. “Estamos fora do cadastro geral do programa, perdendo verbas para projetos de qualificação para guarda municipal e presídio”, exemplifica. A idéia de Miriam é, através do Pronasci, implantar projetos para combater a violência desde a base escolar, como por exemplo, projeto de reforço pedagógico. “Criança fora da escola vai para o mundo da rua”. Para a parlamentar, é necessário um programa de reforço escolar permanente, no turno inverso ao das aulas. “Se o aluno tem dificuldade em algum conteúdo, o reforço o ajudará. Dessa maneira a criança percebe que pode superar suas dificuldades, sentindo-se valorizada, estimulada a continuar estudando. Assim, fica longe das ruas, das drogas da violência”, analisa a petista.
Com o objetivo de detalhar o programa, a audiência contará com a participação da coordenadora nacional do Pronaci,. “Trata-se do maior programa do Estado em Segurança Pública, é inadmissível Pelotas estar de fora”, critica Miriam Marroni.

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