Professores lotam audiência proposta por Miriam Marroni para debater a implantação do piso nacional da educação em Pelotas

Professores da rede pública de Pelotas lotaram o Plenário da Câmara de Vereadores para discutir, em audiência pública proposta pela vereadora Miriam Marroni (PT), a efetiva implantação do piso nacional salarial da educação, de cerca de R$ 1 mil, instituído através da lei sancionada em 16 de julho de 2008. Na tarde desta sexta-feira (24), as escolas públicas da cidade foram convocadas pelo Sindicato dos Municipários de Pelotas (Simp) a realizaram uma paralisação da categoria, que ficou a critério de cada instituição de ensino.

Segundo o presidente do Simp, Duglas Lima Bessa, em muitos lugares o salário está em R$ 1,5 mil. "Aqui em Pelotas, a soma do piso básico e as complementações não chega ao piso estipulado". Segundo o assessor especial do ministro da Educação, Paulo Egon, a lei está em vigor e ninguém pode pagar salário abaixo disso. "Quem não paga, está descumprindo a lei. O piso salarial é uma lei em vigor que precisa ser cumprida". Ele ainda fez um rápido relato histórico das reivindicações pelo piso salarial no país. "A lei foi aprovada há dois anos e nós ainda temos de lutar para implantá-la", destacou Miriam Marroni.

A presidente do Cpers Sindicato, Rejane de Oliveira, falou da conquista em aprovar essa lei, que gera valorização profissional e qualificação da educação. Para ela, o piso é importante porque reconhece os professores como profissionais da educação e porque é o salário básico dos planos de carreira. "Sem isso, não seria uma conquista. Mas o piso só no papel não resolve, ele tem de estar no contracheque e no bolso". Rejane destacou que nenhum governo estadual do país implantou o piso. Egon acrescentou que 40% da categoria já recebe o salário determinado pela lei.

Participaram ainda do evento o diretor da Federação dos Municipários do Estado do Rio Grande do Sul, Wilson Weber, o diretor do 24º Núcleo do Cpers, Antônio Andreazza, e o vereador Diaroni Santos