quarta-feira, 21 de abril de 2010

Mães contra o Crack vão às ruas nesta quinta-feira

Unido contra o Crack desde outubro do ano passado, o grupo Mães contra o Crack, criado pela Comissão de Direitos Humanos, Segurança e Cidadania da Câmara de Vereadores de Pelotas, fará uma caminhada nesta quinta-feira, às 14h, do parlamento pelotense até a praça Coronel Pedro Osório no centro histórico da cidade. Elas estarão acorrentadas.

A bandeira das mulheres é por tratamento. Para isso, além de cartazes com reivindicações, elas estarão unidas por correntes, “símbolo” que muitas vezes foi usado como alternativa para tentar livrar os filhos do vício. A definição da ação começou a ser estabelecida no último encontro do grupo, na segunda-feira.

As mães decidiram protestar inspiradas nas argentinas que serviram de exemplo às pelotenses: as Mães da Praça de Maio. Em Buenos Aires, na Argentina, na Praça de Maio, ainda hoje as mulheres mantêm as manifestações em frente à Casa Rosada, buscando manter vivo na memória do povo argentino a lembrança dos desaparecidos durante o período militar no país vizinho.

Com a epidemia do Crack em todo o Brasil, as mães de Pelotas também precisam de ajuda.

“Sofremos demais. Precisamos do apoio do Poder Público para salvar nossos filhos da pedra. Olhem para nós. Ajudem-nos”, disse uma das mães.

O Mães contra o Crack foi criado em outubro do ano passado pela presidente da Comissão de Direitos Humanos, Segurança e Cidadania, vereadora Miriam Marroni (PT).

“O grande número de mães que me procurou, revelou dados que já me preocupavam. A pedra de crack invadiu a cidade de Pelotas e ceifou jovens, além de suas famílias inteiras. Os reflexos do crack em nossa sociedade são sentidos todos os dias. É mais do que certo tratarmos essa droga como uma epidemia”, falou a vereadora.

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