sexta-feira, 13 de agosto de 2010

No combate à extinção do Magistério

Integranes da mesa e público assistiram vídeo com depoimentos


Educadores, estudantes e os poderes legislativos de Pelotas, Canguçu e São Lourenço do Sul discutiram, nesta tarde (13), a importância do Curso Normal e manifestaram absoluto repúdio contra a lei que impossibilitará a docência na pré-escola e em séries iniciais de profissionais sem graduação. A audiência Pública proposta pela vereadora Miriam Marroni (PT) contou com a presença de Ronald Pinto, representante da presidente da Comissão de Educação do Senado, Fátima Cleide (PT).

A senadora petista é autora da emenda susbstitutiva que, quando aprovada na Câmara dos Deputados, garantirá que os formados no Curso Normal possam lecionar para a pré-escola e séries iniciais sem a necessidade do diploma de graduação. "Eles terão um prazo de seis anos para cursarem e se formarem em Pedagogia ou outras licenciaturas".



Ronald explicou que há ainda um mês, antes da emenda ir à votação, para que se faça pressão popular no sentido de que todos os deputados aprovem a proposta substitutiva. "É preciso mandar e-mails diretamente aos deputados, solicitando e informado a importância da emenda". A vereadora Miriam pediu que todos os interessados façam isso o quanto antes e peçam que as pessoas de suas relações façam também. "Vamos divulgar a mobilização nas redes sociais". Para Ronald, é tudo ou nada. O documento não pode mais ser alterado por se tratar de uma emenda substitutiva. "Se a Câmara aprovar, o curso de magistério será mantido como habilitação da docência para crianças".



Confira alguns pronunciamentos



"O Curso Normal é a formação em tempo e escola real. Esse é o principal diferencial, nosso aluno sai com a experiência necessária e já empregados".

Valeska Barros Auge, diretora do Assis Brasil



"O Curso Normal é o que se tem de mais normal nesse país. É a formação de base, de grande qualidade, de qualquer educador. Não podemos simplesmente aplaudir as anormalidades e deixar o Magistério acabar. Em um congresso ouvi que não estão querendo acabar com o Curso Normal, mas apenas exigir o superior. Para quê então o cursto normal, o estágio. Automaticamente as pessoas vão se desinteressar e não mais procurá-lo. A graduação faz parte da educação continuada".

irmã Cecília Rigo, diretora do Colégio Franciscano Nossa Senhora Aparecida



"Sou professora e não fiz o Curso Normal. Posso confessar a falta que me fez não tê-lo cursado. A faculdade é mais teórica, não te dá a prática. É claro que há estágios, mas não como em magistério, que como a professora Valesca disse é em tempo e escola real. Quando comecei a graduação, comparava o meu desempenho com o das minhas colegas que vieram do Magistério e já tinham experiência".

Anete Peglow, professora, ex-secretária de Educação e vereadora em São Lourenço do Sul

Um comentário:

flavio luis farias garcias disse...

Primeiramente temos que Interpretar o papel que cumprem os educadores de nosso País, temos que nos aprofundar mais nas questões estruturais, os fenomenos políticos, economicos e sociais deste sistema capitalista que vivenciamos. É esta realidade que querem diariamente nos empurrar guela abaixo e ai me pergunto e a qualidade de vida dos professores as questões salariais como ficam, as relações de intelectualidade etc....