quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Miriam presenteia AL com quadro alusivo ao romance "A Casa das Sete Mulheres"
Obra foi feita por artistas de Pelotas e de Arroio Grande
As sete deputadas em trajes típicos da época da Revolução Farroupilha, tendo ao fundo um cenário típico das estâncias do pampa gaúcho. A imagem é do quadro “A Casa das Sete Mulheres”, uma homenagem à bancada feminina da 53ª Legislatura do parlamento, pintado a pedido da deputada Miriam Marroni (PT) e entregue ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adão Villaverde (PT), na tarde de hoje, 14.
A ideia, explica a deputada, surgiu assim que ficou estabelecida a composição da Assembleia, com a referência lógica e simbólica ao livro da escritora gaúcha Letícia Wierzchowski e à minissérie da Rede Globo adaptada da obra. “É importante estabelecermos essa relação com a obra, principalmente naquilo que ela mais encanta, que é o olhar feminino sobre um dos períodos mais conturbados e mais importantes da história do Estado. Assim como as Sete Mulheres, cada uma das deputadas está deixando sua marca, fazendo com que o exercício da política gaúcha se paute um pouco mais pela suavidade e menos pelo confronto”, afirmou. A denominação “Casa das Sete Mulheres” é feita costumeiramente pela deputada, para demarcar o espaço da representação feminina no parlamento gaúcho.
A pintura, com autoria compartilhada pelos pintores Valdir Santana Ferreira e Paulo Corrêa, de Pelotas, e José Darci Barros Gonçalves, de Arroio Grande, tem 1,5m X 1m e representa as parlamentares com vestuário do início do século XIX. A data do ato foi escolhida em razão das comemorações referentes à data mais significativa dos gaúchos, o 20 de setembro, e aos festejos oficiais da Semana Farroupilha. As sete deputadas da Assembleia Legislativa são: Ana Affonso (PT), Juliana Brizola (PDT), Maria Helena Sartori (PMDB), Marisa Formolo (PT) Miriam Marroni, Silvana Covatti (PP) e Zilá Breitenbah (PSDB).
Cenário - Os artistas dividiram-se na pesquisa cenográfica e de vestuário, com a preocupação de traduzir com fidelidade o ambiente da época. Mas a maior preocupação, confessou José Darci, foi com a recepção do quadro pelas próprias deputadas. “As mulheres estão sempre atentas aos detalhes. Fizemos o possível para reproduzi-las o mais próximo possível da realidade, pois nossa referência foram fotografias encaminhadas pelos gabinetes”, explicou.
Obra – O livro “A Casa das Sete Mulheres” foi lançado em 2002 e narra os dez anos da Revolução Farroupilha sob a ótica das mulheres da família de Bento Gonçalves que ficam confinadas em uma propriedade rural, a Estância do Brejo, à espera do desfecho do conflito. A escritora mescla a história do Rio Grande do Sul e do Brasil no século 19, com ficção, a partir do das mulheres que veem o tempo, sem entretanto se desvincularem dos ideais farroupilhas.
O livro foi adaptado e transformado em minissérie exibida pela Rede Globo em 2003, com recordes de audiência. O cenário escolhido pelo diretor Jayme Monjardim para representar ambientalmente a estância foi a Charqueada São João, localizada em Pelotas.
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