quinta-feira, 3 de setembro de 2009

AUDIÊNCIA PUBLICA DISCUTE EFETIVAÇÃO DE POLÍTICA PÚBLICA DE TRATAMENTO CONTRA DROGAS

A Câmara de vereadores, atendendo a proposição da vereadora Miriam Marroni, em parceria com a Universidade Católica de Pelotas (UCPel), promovem audiência pública, “Crack a pedra vendida como bala”. O encontro acontece quarta-feira dia três (3) de junho, às 9h no auditório Dom Antônio Zaterra (ex-Jandirão) campus I da UCPel. Está confirmada a presença do coordenador geral de projetos estratégicos da secretaria Nacional de Políticas sobre drogas, Robson Robin da Silva, e de Jane Maria Dalacorte representando o secretário Estadual de Saúde, Osmar Terra, além da presença de representantes da Central Única das Favelas (CUFA/RS), e do Poder Público Local, e do Ministério Público (MP).
Além da fácil disseminação por ser uma droga barata, o crack é oito vezes mais forte que a cocaína, causando a dependência em apenas algumas tragadas. Estudos comprovam que o consumo de crack é um dos principais responsáveis pelo aumento da criminalidade entre os jovens.
Para vereadora Pelotas está despreparada para combater a droga. “A falta de leitos em hospitais gerais associado ao sucateamento dos Centros de Atenção Pisicosocial ‘CAPS’, e a necessidade de instalação do programa nacional de comunidade terapêutica fechada, são fatores que mostram que Pelotas está desarmada contra este fenômeno novo que é o crack”, entende Miriam Marroni. O objetivo do debate é estruturar uma política eficaz e integrada de combate ao crack e as drogas em geral. Na concepção da vereadora pelotas tem aparelhos importantes no combate aos entorpecentes, mas precisam ser estruturados contra este novo fenômeno. “O governo precisa estruturar nossas instituições para combater o crack. Leitos em hospitais gerais, médicos e psicólogos nos CAPS, qualificação de profissionais, mas até agora o Executivo não apresentação solução alguma”, aponta Miriam.
Segundo estudos científicos, o maior índice de sucesso em recuperação de dependentes passa por três pontos:
Leitos em Hospitais Gerais – O dependente não é rotulado, é paciente como em qualquer outra patologia, tem o acompanhamento da família, fortalecendo assim sua auto-estima e relações de afeto.
Comunidades terapêuticas fechadas – Com a pedagogia da regra da disciplina, focada na técnica laboral, promovendo atividades físicas e culturais em ambiente de natureza. São as melhores técnicas terapêuticas para tratamento de dependentes químicos.
Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) – Continuidade da ocupação da mente, através de atividades de ressocialização. O CAPS tem apresentado excelentes resultados de recuperação.
Pelotas precisa se estruturar contra esse fenômeno. “A Prefeitura precisa elaborar uma rede integrada de atendimento contra o crack”, avalia Miriam Marroni.

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