quinta-feira, 3 de setembro de 2009

PELOTAS PREPARADA PARA CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SEGURANÇA

A coordenadora de Capacitação das Conferências do Ministério da Justiça, Beatriz Cruz da Silva, orientou vereadores e entidades ligadas à área da segurança de como proceder na organização da Conferência Municipal de Segurança. A etapa municipal será de 25 a 27 deste mês, e é preparatória para a Conferência Nacional, que acontece no mês de agosto, em Brasília.
A vereadora Miriam Marroni proponente da audiência destacou a importância do encontro. “Segurança não se resume apenas a ações policialescas, mas também a políticas públicas, que só se constróem a partir destes debates”, frisa a vereadora. A parlamentar acredita na importância de estruturar os segmentos da segurança, com viaturas, equipamentos, treinamentos, mas lembra também a importância da escola.
“Uma escola bem estruturada, com um método pedagógico diferenciado, com psicóloga, professores, merenda e reforço escolar, mantem a criança estimulada, longe das ruas e da criminalidade”, explica Miriam. “Falta de políticas públicas nos bairros e nas escolas, contribui com a violência”, conclui Miriam Marroni.
A representante do Ministério da Justiça apresentou passo a passo toda estrutura para organizar a Conferência Municipal. “Esta é a primeira vez que se debate a questão da segurança em âmbito nacional com a comunidade, sem analisar apenas as ações policiais, mas sim combater a violência com políticas sócias eleitas pela população”, explica Beatriz Cruz.
AUMENTO DO CONSUMO DE CRACK EM PELOTAS PREOCUPA VEREADORA
Com uma potência oito vezes maior que a cocaína, o crack tem um efeito devastador no organismo humano, causando dependência mais rápido que outros tóxicos. Além destes problemas, o crack traz outras conseqüências para a sociedade como o aumento significativo de violência doméstica e de ocorrências de furtos e roubos. Somente no Rio Grande do Sul, mais de 50 mil pessoas são usuários da droga. Os números têm preocupado a vereadora Miriam Marroni, que diariamente tem abordado o tema no Parlamento de Pelotas. Para discutir o tema, ele propõe a realização de audiência pública, com data ainda a ser definida.
O crack surgiu há cerca de 10 anos, e é derivado da planta da cocaína, feito da chorume (sobras) da coca, altamente tóxica. Em comparação a outros entorpecentes o crack é de fácil expansão, por se tratar de sobras do refinamento da cocaína, por ser mais barato e de fácil consumo. O uso contínuo da droga causa elevação da temperatura corporal, podendo levar a acidentes cerebrais e destruição dos neurônios. Provoca ainda degeneração dos músculos, depressão constante, ansiedade e comportamento agressivo. Segundo a parlamentar petista, estudos comprovam que o consumo de crack é um dos principais responsáveis pelo aumento da criminalidade entre os jovens. “O número de ocorrências de furto e prostituição, com a finalidade de comprar o crack aumentou. Outro dado comprovado é o crescimento de casos de AIDS através do uso da droga”, alerta Miriam Marroni. “O princípio de prazer imediato, a sensação de coragem e auto afirmação momentânea proporcionado pelo crack, leva à dependência mais rápida”, explica a vereadora.
Apesar de reconhecer o bom trabalho desempenhado pelas instituições do município, que recuperam os dependentes químicos, Miriam demonstra preocupação quando as pacientes que buscam a reabilitação contra o crack. “O usuário do crack, necessita de atenção 24 horas. Precisa ficar recluso durante o processo de reabilitação em local adequado, com medicamentos específicos e monitoramento diário. Nossas instituições realizam um trabalho excelente no combate às drogas, mas não estão preparadas para o crack”, diz Miriam Marroni.

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