segunda-feira, 26 de julho de 2010

Miriam participa da oficina de Educação no Campo promovida pelo Capa

A vereadora Miriam Marroni (PT) participou, na manhã e tarde desta segunda-feira (26), da Oficina de Educação do Campo e Desenvolvimento Territorial, promovido pelo Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor. O encontro reuniu representantes das secretarias municipais de Educação de diversas cidades e integrantes de movimentos sociais para discutir os potenciais e necessidades da região. O objetivo é de, no último dia do evento (quarta-feira), elaborar um plano diretor para a educação do campo no Território da Cidadania da região.

Crédito: Carla Aldrighi

Alguns números chamaram a atenção da vereadora, que se engajará na luta pela garantia de educação na zona rural. Isso porque, no Território Zona Sul, são 32 mil famílias vivem da agricultura familiar (leite, fumo, feijão, pêssego, hortifrutigranjeiro, milho, batatinha, cebola). São 117 assentamentos com 3.969 famílias, sendo a maioria nos municípios de Candiota, Hulha Negra, Piratini, Herval e Pinheiro Machado. São seis mil familias que viem da pesca artesanal (Rio Grande, Pelotas, São José do Norte, São Lourenço do Sul, Santa Vitória, Arroio Grande e Jaguarão). São 43 comunidades quilombolas em 16 municípios, sendo 32 com reconhecimento da Fundação Palmares.

A necessidade desse trabalho se deve aos números alarmantes do analfabetismo no Território. São quase 150 mil analfabetos, ou seja, 24%, número bem acima da média estadual de 18,1%. Só em Pelotas, são mais de 45 mil; em Rio Grande, mais de 27 mil e, em Canguçu, mais de 13 mil. Essas três cidades representam 58% dos analfabetos de todo o território, que é composto por 25 municípios. A maior proporcionalidade em relação ao número de habitantes fica em Amaral Ferrador, com 1,9 mil analfabetos (44,9%); São José do Norte, com 7,7 mil (44,1%) e Santana da Boa Vista, com 2,5 mil (39,1%).

Miriam afirmou que não é por falta de recursos do Governo Federal ou de programas específicos que a região apresenta os piores índices de analfabetismo do Estado, mas pela falta de interesse da gestão pública em buscar essas verbas e reverter a situação.

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