Aproveito este dia especial, em que o ECA compelta 20 anos, para fazer uma reflexão sobre a necessidade de nós pais pedirmos desculpas a nossos filhos pelo excesso de liberdade dado nas últimas três décadas. Para combater uma cultura autoritária e patriarcal vivida até os anos 60 e 70, em que crianças e adolescentes eram tratados como objetos dos adultos, acabamos nos perdendo no extremo oposto, exagerando em deixá-los expostos aos mais diversos perigos por não terem maturidade de decidir suas vidas por conta própria. Eles precisam de orientação determinada, de um pulso firme, mas não de um ditador. Temos de ter consciência que a fase da infância e adolescência é marcada pelo princípio do prazer, pela impulsividade e pouca noção do perigo. Então nos falta agir com mais autoridade, no sentido de proteção. Temos de impôr regras e limites. E, acima de tudo, precisamos participar da "agenda" de nossos filhos. Abrace, beije e dê muito carinho. Não fazer isso é crime, é negligência. Na pós-modernidade, com uma legislação que protege e garante o direito de nossos filhos, só nos resta encontrar um meio termo entre o autoritarismo e a liberdade exagerada, construindo o papel de pai cuidador.
"Pensem nisso enquanto eu lhes digo até amanhã"
Abraço da Miriam
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