quarta-feira, 27 de abril de 2011

Aprovada Subcomissão Contra o Crack proposta pela deputada Miriam Marroni



A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos aprovou por unanimidade, nesta manhã, 27, o requerimento de instalação da Subcomissão Contra o Crack, proposta pela deputada estadual Miriam Marroni (PT). A partir de hoje, a subcomissão - composta pela proponente e pelos deputados Luciano Azevedo (PPS) e Marlon Santos (PDT) - terá 120 dias para a condução dos trabalhos para diagnosticar a situação dos dependentes da droga e apresentar o relatório final à Comissão.

Conforme a deputada, o trabalho da subcomissão visa confirmar suas impressões sobre a insuficiência de respostas públicas às necessidades crescentes da epidemia em que se transformou o consumo do crack. "Não se trata, neste momento, de prevenção. Queremos fazer um raio-X, um levantamento do tratamento e pós-tratamento nas cidades polos do Estado", explicou Miriam.

A parlamentar destacou que a intenção é comprovar a inexistência de plantões psiquiátricos, de comunidades terapêuticas de aporte científico e convênio SUS, além da falta de equipamentos e profissionais dos Caps. "Também queremos mostrar a inexistência do pós-tratamento por meio de programas de ressocialização. Os ex-dependentes sofrem preconceito e discriminação, tendo dificultada a volta aos estudos ou mercado de trabalho", avaliou Miriam. Para a execução dos trabalhos, serão realizados encontros em Pelotas, Santa Maria e Passo Fundo.



Mães contra o Crack

Ainda como vereadora em Pelotas, a deputada se debruçou na pauta da drogadição em 2009. A procura cada vez mais crescente por ajuda da parlamentar feita pelas mães de usuários, deu origem aos grupo Mães contra o Crack. O movimento - fundado em outubro daquele ano - até hoje é coordenado pela parlamentar.

No último encontro com as integrantes do grupo, realizado neste mês, a deputada recebeu, em seu gabinete regional, a visita do Grupo Manifesto. Os componentes relataram as suas histórias de ex-usuários de drogas, que encontraram na música uma forma de abandonar o vício.

Os jovens - um deles filho de uma integrante do movimento das mães coordenado pela deputada - apresentaram ainda vídeos e o cd de hip-hop que já gravaram. Em conversa informal, sugeriram participar de futura manifestação pública do movimento Mães contra o Crack para apresentar suas composições.

A intenção da parlamentar com a reunião foi rever e dar uma atenção especial às mães, saber como elas e seus filhos estão, tanto aqueles em tratamento quanto os que se encontram em presídios da região. "Continuaremos na luta para que Pelotas acesse os diveros programas do Governo Federal de prevenção, combate e tratamento à crescente epidemia da pedra da morte", afirmou Miriam.

Entre diversos relatos pessoais, a parlamentar e as mães ainda discutiram a montagem de uma diretoria, o local que será utilizado para os encontros (o próprio gabinete regional), a violência contra as mulheres e o fato de uma cidade tão menor que Pelotas, como São Lourenço do Sul, ser um exemplo na oferta de tratamento químico eficiente.

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