As bancadas da base de apoio ao governo do Estado discutirão critérios para avaliação de projetos de lei de reajustes dos vencimentos dos servidores públicos. A proposta da líder do governo, deputada Miriam Marroni (PT), servirá para unificar posição da base aliada e qualificar o debate acerca do crescente número de proposições de aumentos salariais em tramitação na Assembleia Legislativa.
O objetivo da discussão que a líder do governo pretende encaminhar é justamente sobre os impactos financeiros dos projetos sobre os cofres públicos do Estado, principalmente quando o Executivo coloca em prática medidas de saneamento financeiro, como a reforma previdenciária recentemente apreciada pelos deputados. “Não podemos avaliar os reajustes de forma isolada, sem considerar o contexto maior das finanças públicas e a responsabilidade do governo para com a capacidade de endividamento do estado”, argumenta a deputada. O aumento concedido ao magistério no final do primeiro semestre acabou desencadeando a sequencia de demandas, mas a parlamentar alerta para a peculiaridade das situações. “O índice para o magistério justificou-se diante do déficit histórico com a categoria, mas não podemos deixar de considerar a situação inflacionária de pouco mais de 6% no período”, sustenta.
Na reunião da Mesa Diretora com os líderes de bancada, a parlamentar não deu acordo para inserção, na pauta das votações da semana, de três projetos de reajuste para os servidores do Tribunal de Contas do Estado (TCE), do Judiciário e da Procuradoria. “O Estado está fazendo esforço enorme para se capacitar a financiamentos externos e se credenciar com capacidade de endividamento perante organismos financeiros internacionais. Não podemos romper com esse ciclo, que possibilitará desencadear programas e projetos estratégicos de desenvolvimento. É uma questão de responsabilidade pública”, pondera.
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