quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Deputada Miriam Marroni, CABM e pescadores debatem legislação da pesca na Lagoa dos Patos


A deputada estadual, Miriam Marroni (PT), visitou o Comando Ambiental da Brigada Militar (CABM), em Porto Alegre, acompanhada do vereador pelotense, Carlos Alberto Passos, o Beto da Z3, de pescadores da Colônia Z3 e assessores parlamentares, com o objetivo de tratar da pesca artesanal do camarão na Lagoa dos Patos. A comitiva foi muito bem recebida pelo comandante da CABM, o tenente-coronel Otacílio Maia Cardozo, que aproveitou a ocasião para fazer uma apresentação de um vídeo institucional com a história do Comando Ambiental e suas ações para preservação do meio ambiente.

O encontro serviu para que pescadores e a Brigada Militar compreendessem a legislação vigente e discutissem as boas práticas, com vistas a manter a atividade de subsistência sem causar prejuízos ambientais no estuário da lagoa.

O vereador pelotense levantou a preocupação da comunidade pesqueira em relação ao fato de que a expectativa de uma grande safra não deverá se realizar. "Com a chuva desta semana o camarão já começou a sair da lagoa em direção ao oceano. Cerca de 30% a 40% da safra já está comprometida. E daqui 20 dias a safra já deverá ter acabado porque todo o camarão já terá ido embora", avaliou Beto da Z3.

Ele acrescentou ainda que o crustáceo já atingiu o tamanho permitido, de nove centímetros, e que os pescadores locais respeitaram o prazo e não pescaram fora do tempo, antes da liberação da captura. "Agora o crustáceo está pronto para ir embora e ser capturado no mar, pelas grandes traineiras de Santa Catarina".

Para a deputada, a fiscalização deve ocorrer e a legislação ser cumprida. "Mas há uma contradição muito grande. Somente os pequenos, que sobrevivem da pesca industrial têm seus barcos e redes apreendidos, enquanto as traineiras continuam sem fiscalização. É angustiante saber que os grandes barcos vão capturar esse mesmo camarão que sairá la lagoa. Sendo os pequenos que sofrem com isso".

A reunião também tratou dos estudos técnicos que visam adequar a prática da pesca de prancha com vistas à sua liberação, tal qual já ocorre no litoral cearense e na pesca oceânica. "Com esses dados científicos será possível a mudança da legislação vigente em relação à liberação da pesca com a prancha", concluiu Miriam Marroni.

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