O encontro serviu para que pescadores e a Brigada Militar compreendessem a legislação vigente e discutissem as boas práticas, com vistas a manter a atividade de subsistência sem causar prejuízos ambientais no estuário da lagoa.
O vereador pelotense levantou a preocupação da comunidade pesqueira em relação ao fato de que a expectativa de uma grande safra não deverá se realizar. "Com a chuva desta semana o camarão já começou a sair da lagoa em direção ao oceano. Cerca de 30% a 40% da safra já está comprometida. E daqui 20 dias a safra já deverá ter acabado porque todo o camarão já terá ido embora", avaliou Beto da Z3.
Ele acrescentou ainda que o crustáceo já atingiu o tamanho permitido, de nove centímetros, e que os pescadores locais respeitaram o prazo e não pescaram fora do tempo, antes da liberação da captura. "Agora o crustáceo está pronto para ir embora e ser capturado no mar, pelas grandes traineiras de Santa Catarina".
Para a deputada, a fiscalização deve ocorrer e a legislação ser cumprida. "Mas há uma contradição muito grande. Somente os pequenos, que sobrevivem da pesca industrial têm seus barcos e redes apreendidos, enquanto as traineiras continuam sem fiscalização. É angustiante saber que os grandes barcos vão capturar esse mesmo camarão que sairá la lagoa. Sendo os pequenos que sofrem com isso".
A reunião também tratou dos estudos técnicos que visam adequar a prática da pesca de prancha com vistas à sua liberação, tal qual já ocorre no litoral cearense e na pesca oceânica. "Com esses dados científicos será possível a mudança da legislação vigente em relação à liberação da pesca com a prancha", concluiu Miriam Marroni.
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