O sucesso da Escola Técnica binacional de Santana do Livramento serve de exemplo e incentivo para a instalação de nova unidade, no mesmo modelo, em Jaguarão. Amplo debate sobre esse tema ocorreu na tarde de sexta-feira, 13, na Biblioteca Pública do município da fronteira, e foi acompanhado pela líder de governo, deputada estadual Miriam Marroni (PT).
A deputada defendeu a articulação compartilhada entre as instituições governamentais estaduais e federais, para reforçar o sucesso das iniciativas educacionais de nível técnico. "Durante dez anos não houve expansão das escolas técnicas, pois havia incentivo apenas para o acesso às universidades. Hoje, o mercado de trabalho sente falta do profissional desse nível. É muito bom ver o sonho do crescimento do ensino técnico se concretizar”, afirmou.
O Secretário Nacional de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco, também presente ao encontro, destacou os resultados positivos que a unidade de Livramento trará para a região em que está instalado. “"A escola técnica de fronteira será uma verdadeira colaboração, um intercâmbio de experiência entre os países: ensinar e aprender”, destacou. O reitor do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul), Antônio Carlos Barum Brod, afirmou que “a expansão das escolas técnicas brasileiras nos últimos sete anos foi maior que no último século todo". Brod está otimista acerca da possibilidade de repetir, em Jaguarão, o sucesso do empreendimento educacional de Livramento. Também o prefeito do município, Cláudio Martins (PT), destacou a importância da iniciativa.
Pioneirismo - O campus avançado Santana do Livramento, do IFSul, é a primeira escola técnica federal de fronteira do país, oferecendo curso binacional. A turma do curso técnico em Informática para a Internet conta com 40 alunos distribuídos nos turnos da tarde e da noite, sendo metade deles uruguaios. Já em Rivera, no Uruguai, as atividades do curso técnico em Controle Ambiental - sob a coordenação da Universidade do Trabalho do Uruguai (UTU) - tem 50% das vagas (15) reservadas para estudantes brasileiros. Ambos tiveram início no mês passado.
O projeto das Escolas de Educação Profissional de Fronteira visa ofertar educação técnica à população das cidades fronteiras, com o objetivo de promover o desenvolvimento, através de cursos técnicos apontados pela demanda local. Além de incentivar a integração entre o Brasil e os demais países da América do Sul.
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