Por: Olga Arnt
A líder do governo, Miriam Marroni (PT), afirmou, na sessão plenária de ontem (5), que o Executivo está buscando soluções de longo prazo para problemas estruturais do Estado. “Estamos construindo alternativas para recuperar a previdência pública. O governo não irá empurrar o problema com a barriga e nem fazer pirotecnia, mas apresentar soluções de longo prazo”, anunciou na tribuna.
Segundo Miriam, o governo trabalha para manter a previdência pública, dar tranquilidade a servidores ativos e inativos e estabelecer a justiça nas contribuições. “É justo que quem ganhe mais, pague mais. O aumento da contribuição de 11% para 16,5% sobre a parcela dos salários que excede o limite de R$ 3698,66 irá atingir apenas 13% do funcionalismo. É uma medida necessária para manter o sistema público e proteger a maioria dos servidores”, apontou.
A líder do governo defendeu também a criação do fundo de capitalização para financiar a aposentadoria dos futuros servidores. O fundo será formado a partir da contribuição de 11% dos funcionários e de 11% do governo. A idéia, conforme Miriam, é dar fôlego ao caixa da previdência e assegurar a manutenção do seu caráter público no futuro. “Com um déficit de R$ 5 bilhões ao ano, não há sistema que se mantenha por muito tempo. As medidas propostas pelo governo protegem os servidores públicos e a previdência própria”, salientou. A deputada lembrou ainda que as mudanças que deverão ser enviadas à Assembleia na próxima semana, já vigoram em outros estados, como Minas Gerais e São Paulo e no município de Porto Alegre.
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