sexta-feira, 15 de julho de 2011

Produtores e indústria se reúnem para conhecer o financiamento do BB para a safra do pêssego

Depois de quase oito meses de negociações que tiveram início a partir de uma reunião da deputada estadual Miriam Marroni (PT) com o Banco do Brasil, produtores, cooperativistas e industriais do pêssego saíram mais tranqüilos e satisfeitos do encontro realizado, nesta manhã (4), na superintendência da instituição financeira. Por mais de duas horas, dúvidas foram sanadas e esclarecimentos foram prestados sobre as operações de financiamento da produção e industrialização de pêssego na região de Pelotas iniciadas na última semana.




A primeira operação, de R$ 300 mil, foi feita com uma indústria a região que financiou o valor por meio de uma Linha Especial de Credito à Comercialização (LEC) - que é similar aos Empréstimos do Governo Federal (EGF) – para a compra de latas e açúcar para o beneficiamento da próxima safra. Através dessa operação, fruticultores e cooperativas poderiam acessar créditos de até R$ 600 mil por CPF/CNPJ para pagamento do custeio junto ao banco em até cinco parcelas. Com isso, diminuiria a pressão sob os produtores, que atualmente precisam quitar toda a dívida em parcela única em até 30 dias após a colheita. Através da LEC, os agricultores converteriam o pêssego in natura em latas industrializadas como garantia bancária do pagamento das parcelas.



De acordo com o superintendente regional do BB, Carlos Alberto Rhoden, é necessária uma grande participação dos produtores para que haja maior valorização da safra. “É preciso que pelo menos metade dos fruticultores contratem a LEC para que a cadeia produtiva tenha capital de giro e não precise mais usar todos os recursos obtidos com a safra de uma só vez”, explica. Ao contrário dos Empréstimos do Governo Federal (EGF), onde é necessária uma portaria da União estabelecendo preço mínimo para a fruta, os valores de referência para LEC na negociação da safra serão arbitrados pelo próprio Banco do Brasil conforme o mercado.



Ao recordar que foi responsável por trazer a pauta até o BB, Miriam afirmou que o financiamento sempre foi uma lacuna na cadeia produtiva do pêssego e que deverá estreitar os laços entre produtores e indústria. “Foi construída uma boa relação, mas que nem sempre foi assim. É preciso unirmos esforços para a divulgação e maior consumo dessa fruta símbolo da nossa cidade e região”, avaliou a parlamentar, diante da realidade que apenas um quarto de lata é consumido por pessoa anualmente no Brasil.



Já o deputado federal Fernando Marroni (PT) ressaltou que este é apenas um primeiro passo e de fundamental importância. “Mas o sonho da EGF ainda está em pauta. Continuaremos a correr atrás da solução efetiva”, anunciou o parlamentar que também é interlocutor dos produtores junto ao banco, assim como o vereador Diaroni Santos (PT).

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